Mármore capixaba completa 56 anos de história
Utilizado como revestimentos, pavimentação, peças de mobiliário e arte, o mármore capixaba ganha cada vez mais destaque no Brasil e no mundo. A pedra extraída no Espírito Santo está presente em famosas obras como a Praça dos três Poderes em Brasília – onde ficam os prédios do Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal – e também no metrô do Rio de Janeiro.
Desde a antiguidade, o mármore ocupa um lugar de destaque na sociedade. Os palácios construídos com o material eram símbolos de poder e riqueza. E até mesmo nos dias atuais, a pedra ainda é sinônimo de sofisticação e nobreza.
Segundo o Sindicato das Indústrias de Rochas Ornamentais, Cal e Calcário do Estado do Espírito Santo (Sindirochas), a extração do primeiro bloco de mármore no Espírito Santo aconteceu há 55 anos. Mais precisamente no dia 7 de abril de 1957, na localidade de Prosperidade, município de Vargem Alta – na época pertencente à Cachoeiro de Itapemirim.
A pedra foi extraída na fazenda do produtor rural Horácio Scaramussa, filho de imigrantes italianos. O sobrinho de Horácio, Oge Dias de Oliveira, ao ver as montanhas do mineral, resolveu levar amostras para análise no Rio de Janeiro e encontrou mercado junto às marmorarias daquele Estado. Desde então, o Espírito Santo é visto como um dos principais produtores e exportadores de mármore do Brasil.
Atualmente, 100% do mármore capixaba é extraído do Sul do Estado. Nessa região é possível encontrar mármores nas cores rosa, branco, verde, pinta verde, chocorosa (mistura de chocolate com rosa), marrom e o branco absoluto, que é a variedade com a cor branca mais pura que existe.
A cidade de Cachoeiro de Itapemirim, junto com mais 14 municípios que compõem o Arranjo Produtivo Local (APL), destaca-se como maior pólo de beneficiamento de rochas das Américas. E, de acordo com dados do Sindirochas, o Espírito Santo responde por 75% da produção de mármores do país.